terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

As duas faces

As duas faces


O amanhã é muito obscuro,
então venha se deitar comigo.
Não nos prendamos ao futuro,
ou o passado estará perdido.

O amanhã ainda está longe,
deite seu corpo sobre o meu.
Nosso desejo é tão grande,
que até o tempo se perdeu.

Uma noite repleta de toques e de cheiros,
que o tempo e o arrependimento não vão apagar.
Uma noite que se completa em nossos travesseiros,
um sonho do qual não quero acordar.

Não se preocupe com o ontem meu bem,
o passado é prisioneiro das nossas lembranças.
Só diz respeito a nós e a mais ninguém,
por isso feche os olhos, vou velar teu sono enquanto descansas.

Adeus amor, vim me despedir,
a vida não pode ficar parada.
O que passamos juntos não se pode medir,
mas parto porque há alguma coisa errada.

Adeus amor, lembranças vão ficar,
mas eu parto sem me arrepender.
Corro sem sequer me virar,
pois a vida foi feita para se aprender.

Parti sem te dar nenhuma desculpa,
não sou profeta, mas vou profetizar.
Te encontrei larva e te tornei pupa,
e um dia sei que bela borboleta irá voar.

Espero que não entendas errado,
mas nós dois não éramos tudo.
Hoje eu largo o meu passado,
e vou de encontro ao meu futuro.


Espero que gostem. Comentem

3 comentários:

  1. Tá incrível demais.
    A metáfora da borboleta, o adeus tão perto da realidade, a semelhança com a vida real e coisas ditas claramente.
    O "segredo" do poema então, nem comento.
    Acho que isso entra pra minha lista de melhores textos lidos. Fiquei, e continuo, boquiaberta.
    Parabéns!

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  2. Hahaha, muito obrigado Shueps.
    Eu também gostei especialmente desse texto, um dos poucos que eu realmente fiquei satisfeito ao escrever.

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  3. Ah....eu tenho que repetir o que sempre te digo?!
    Vc escreve muito bem e deveria escrever com mais frequência.... eu adoraria!!!!!
    Beijos!!!!!!!!!!!!

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